Home Benfica Francisco J. Marques arrasa diretor de A Bola por causa do Benfica

Francisco J. Marques arrasa diretor de A Bola por causa do Benfica

Francisco J. Marques recorreu à sua conta do Twitter para se insurgir contra João Bonzinho, diretor do jornal A Bola. Em causa está um artigo do jornalista, que defendia que o Benfica não era o clube do regime da ditadura.

O diretor de comunicação do FC Porto enumera aquilo que diz serem erros que comprovam que toda esta ideia de João Bonzinho não corresponde à verdade, considerando que o Benfica tem recebido benesses do Estado.

“João Bonzinho utiliza hoje uma página de A Bola – a meias com um espontâneo apresentado como leitor – para tentar contrariar a tese de que o Benfica era o clube do regime na ditadura. Primeiro erro, não era só na ditadura, ainda o é, só que agora pode-se dizer que é.”

“O diretor de A Bola não apresenta um facto que suporte a sua tese de que o Benfica não tem beneficiado das benesses do Estado, mas a verdade é que o Benfica ganhou mais em ditadura que todos os outros juntos e que o FC Porto ganhou mais em democracia que todos os outros juntos.”

“Fazer jornalismo pressupõe ser-se independente. Sei do que falo, fui durante mais de 20 anos jornalista e sempre fui independente. Hoje não faço jornalismo, mas Bonzinho também não. A diferença é que eu não estou travestido de jornalista para fazer a apologia do FC Porto“.

Francisco J. Marques acusa Bozinho de hipocrísia, recordando o facto de não ter feito editoriais relativos aos casos de corrupção em que o nome do clube da Luz e viu envolvido.

“Veja-se o desplante de Bonzinho afirmar-se entre os que criticam “comportamentos e discursos de quem tem evidentes obrigações morais, sociais e desportivas”. Onde estão os textos a censurar todos os casos graves, de corrupção, inclusive desportiva, que assolam o Benfica?“

“A Benfica SAD e o presidente do Benfica, Rui Costa, foram constituídos arguidos em janeiro no caso de corrupção por alegada adulteração de resultados, mas Bonzinho ainda não teve tempo de escrever algo sério e profundo sobre isso.”

“Tão-pouco houve um oportuno leitor a trespassar-lhe uma profunda análise sobre o tema, pelo que afinal a crítica a quem tem “evidentes obrigações morais, sociais e desportivas” é cirúrgica e hipócrita, porque exclui o clube querido.”

“Depois de duas colunas e meia sem um único facto, Bonzinho socorre-se de um tal António Gomes Martins, apresentado como leitor de A Bola, espécime que deve ser protegido, por estar em vias de extinção. Passamos do radicalismo do Bonzinho para o radicalismo de café.”

“A tese do espontâneo Martins é a de que o FC Porto foi colaboracionista do Estado Novo porque o Estádio das Antas foi inaugurado a 28 de maio, data do golpe que instaurou a ditadura. Mas omite que o jogo foi disputado entre FC Porto e Benfica. Ah, malandro.“

O dirigente portista contraria o argumento de que o FC Porto foi beneficiado pela AF Porto, considerando que tal é incomparável, quando se é beneficiado pelo Estado como o Benfica, recordando o caso em que os encarnados foram ajudados por um ministro das Finanças para poder participar nas competições profissionais em 2003.

“Mas o espontâneo Martins tem ainda um outro facto, que em tempos idos o FC Porto terá sido beneficiado administrativamente pela Associação de Futebol do Porto para participar no campeonato nacional. Benesses da sua associação não fazem de ninguém clube do regime, como é óbvio.”

“O que não escreveria o espontâneo Martins se alguma vez um ministro das finanças tivesse ajudado o FC Porto a apresentar certidões falsas que permitissem o acesso às competições profissionais, como aconteceu com o Benfica em 2003?“

“A Bola continuará a tentar branquear a história, continuará a hostilizar o FC Porto, porque o que interessa não é a verdade. Esquecem que são estes comportamentos que permitem dizer que o Benfica continua a ser o clube do regime centralista. Mas nunca não nos irão domar.”

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