Excertos da entrevista de Paulinho Santos na “Hora dos Craques”, apresentado por Maniche e Miguel Marques Monteiro, no Porto Canal.
Fim da carreira: “Ganhei a Taça UEFA, mas…ajudei, gostava de ter ganho de outra forma. Eles também notavam que eu já não era o Paulinho Santos. Apareceram-me vários problemas e este sangue novo [sorrindo para Maniche] passavam por mim pareciam balas. Tinham mérito para isso. Fui muito útil no ambiente, Mourinho queria que ficasse mais um ano mas eu disse-lhe ‘oh mister esqueça, já não sou eu, o Paulinho Santos que era’. A minha maneira de ser levou-me a isso. Fiquei contente ao ver o Maniche, o Deco, o Costinha a conseguirem e o FC Porto a ganhar. E eu estava com eles, nunca sentiram que eu era mau, fui sempre a mesma pessoa.”
Recusa ao Barcelona: “Na altura o presidente disse que precisava de mim. A confiança que tinha pelo presidente ainda a tenho hoje. São momentos do futebol. Fiquei com o mesmo espírito, ninguém me viu chateado por não ir para o Barcelona.”
Último golo, ao Varzim: “Enganei-me [risos]. Ia meter a bola para fora e entrou. Vieram-me as lágrimas aos olhos quando eles [colegas] se juntaram todos a mim. Fiquei um pouco comovido. Era amigo deles. Quando o Maniche chegou, ganhou o espaço dele, criou a sua imagem. Quando vinha um jogador novo, eu percebia como é que tinha de chegar a ele.”